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                              Imaginação Ativa

A imaginação ativa foi uma técnica desenvolvida por Jung para aumentar e desenvolver o relacionamento com o material inconsciente, especialmente com figuras interiores que aparecem em sonhos e fantasias. Com a imaginação ativa, Jung pretendia que o indivíduo assumisse um papel não só receptivo, mas também ativo para encontrar-se e confrontar-se com vários elementos arquetípicos inconscientes em sua psique. A atividade da imaginação ativa contrasta com o sonho, que, na opinião de Jung, simplesmente ocorre. Contudo, a imaginação ativa não é nenhuma fantasia diretiva na qual o indivíduo persegue os pensamentos e desejos de seu próprio ego. Do modo como Jung a desenvolve, a intenção da imaginação ativa é abrir o limite entre a consciência passiva e receptiva, do material inconsciente interior e a reação ativa e opcional a esse material de qualquer forma. A definição de June Singer, em seu livro Boundaries of the Soul, dá a seu capítulo sobre a imaginação ativa o título de "Sonhando o sonho para a frente", que é talvez a melhor descrição sumária tanto de sua técnica quanto de sua intenção.    

À luz das ideias de Jung sobre a natureza e a função da psique, a imgainação ativa parece uma consequência natural do ponto de vista de que a totalidade é resultado de tornar o inconsciente consciente e de que a psique é um fenômeno intencional. A imaginação ativa é um modo de encarar mais diretamente as direções inconscientes de nossa vida interior, embora mantendo tão longe quanto possível nosso senso consciente do si-mesmo e nossa capacidade de ação informada e ética.

Assim como acontece com vários conceitos de Jung, a imaginação ativa pode ser mais bem entendida por meio da experiência direta do que por meio da leitura sobre ela, pois Jung escreveu pouco sobre os amparos da técnica. As discussões mais úteis e focadas sobre imaginação ativa estão indicadas na lista de leituras abaixo em "Para Começar". 

Na primeira, o pequeno ensaio "A Função Transcendente", Jung descrece como a consciência e a inconsciência agem em série para corrigir e equilibrar a unilateralidade psíquica. Nesse contexto, Jung explica como a imaginação ativa ou a fantasia podem ajudar a transcender ou a sanar a lacuna típica entre essas duas esferas psíquicas opostas. A segunda leitura indicada é a última metade da quinta conferência de Tavistock, de Londres, em 1935. Em resposta a uma pergunta sobre sua técnica, Jung fala sobre a intenção dela e seus efeitos, e faz uma rápída apresentação do material trabalhado pela fantasia de um paciente. Para ler mais sobre esse tema, é necessário obviamente pesquisar os vários relatos da imaginação ativa que Jung tira de seu trabalho clínico, relatos que são, em geral, bem detalhados e vívidos o bastante para tornar claro precisamente como Jung tenciona que sua técnica seja usada e para que fim. Certamente o que mais claramente se manifesta nesse material todo é o valor que Jung dava à fantasia e a alta consideração que tinha por sua fantasia curadora.  

As fontes secundárias são de dois notáveis junguianos. O livro de Hannah trata da imaginação ativa, ao passo que o livro de Adler é principalmente um relato de caso de uma análise em que a imaginação ativa tem uma parte simplesmente crucial. Se lidos ao mesmo tempo, ambos servem como uma introdução completa a essa técnica vital no municiamento da análise junguiana, completados pelas obras mais recentes sobre o tópico, escritas por Robert Johnson e Verena Kast.

Para começar:

- "A função transcendente", OC 8/2, § 131-193.

- "Fundamentos da Psicologia Analítica ( Tavistock Lectures )", OC 18/1, Quinta Conferência, § 304-415.

Para aprofundar:

- " Estudo empírico do processo de individuação", OC 9/1 § 525-626

- " Mandalas", OC 9/1, § 713-718

- " Psicologia e Alquimia", OC 12, esp. parte II , § 44-331. 

Obras Relacionadas:

- " Freud e a psicanálise" , OC 4, esp. capítulo 8, " Princípios terapêuticos da psicanálise"  , § 407-457.

Fontes Secundárias:

- ADLER,G. " The living symbol: a case study in the process of individuation, New York: Pantheon, 1961

-- HANNAH, B.   " Encounters with the soul active Iamgination as Developed by C.G. Jung. Santa Monica: Sigo Press, 1981.

-  JOHNSON, R.  " Inner Work: Using dreams and active imagination for personal growth. São Francisco: Harper and Row, 1986

A Chave do Reino Interior,  São Paulo: Mercurio, 1989.

 

KAST, V. - " Imagination as Space of Freedom: Dialogue between the Ego and the Unconscious"- New York: Fromm, 1993

A Imaginação como espaço de liberdade. São Paulo, Loyola, 1997. 

 

 

Texto adaptado de Guia para Obra Completa de C.G.Jung - Robert H. Hopcke

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