

Sentimento Oceânico
O conceito de “sentimento oceânico” foi cunhado pelo escritor francês Romain Rolland em uma carta de 1927 ao psicanalista Sigmund Freud. Rolland descreveu esse sentimento como uma “sensação de eternidade”, um “sentimento de ser um com o mundo externo como um todo”.
Freud ficou intrigado com a descrição de Rolland e dedicou um capítulo de seu livro “O Mal-Estar na Civilização” (1930) para explorar o conceito. Freud argumentou que o sentimento oceânico, se existe, é um resquício do “sentimento primitivo do ego” que existe na infância.
No início da vida, o bebê não tem um senso de si mesmo separado do mundo externo. O bebê sente-se parte de um todo indiferenciado, que Freud chamou de “ego primitivo”. Esse sentimento de unidade é gradualmente perdido à medida que o bebê desenvolve um senso de si mesmo separado.
O sentimento oceânico pode ser revivido em adultos em certas situações, como quando se está em contato com a natureza, quando se está apaixonado ou quando se experimenta uma experiência religiosa. Freud acreditava que o sentimento oceânico é a fonte da experiência religiosa.
Freud também acreditava que o sentimento oceânico é uma ilusão. Ele argumentou que o mundo externo é um lugar de separação e conflito, e que o sentimento de unidade é apenas uma fantasia.
O conceito de sentimento oceânico foi influente na psicologia e na religião. Foi usado para explicar a experiência religiosa, a criatividade e o senso de significado na vida.
Aqui estão alguns exemplos de como o sentimento oceânico pode ser experimentado:
-Um indivíduo pode sentir-se conectado com a natureza ao contemplar um pôr do sol ou ao ouvir o som das ondas do oceano.
-Um indivíduo pode sentir-se conectado com outra pessoa ao fazer amor ou ao compartilhar um momento de intimidade.
-Um indivíduo pode sentir-se conectado com algo maior do que si mesmo ao participar de um ritual religioso ou ao meditar.
O sentimento oceânico é uma experiência subjetiva que pode ser difícil de definir ou explicar. No entanto, é uma experiência que é significativa para muitas pessoas.
Filosoficamente, o sentimento oceânico pode ser visto como uma expressão do conceito de cosmos do estoicismo. O sentimento oceânico é uma experiência de unidade com o universo, que é um conceito central do estoicismo.
O estoicismo pode fornecer um contexto para entender o sentimento oceânico e para lhe dar um significado mais profundo.
Os estoicos acreditavam que a experiência do sentimento oceânico é uma oportunidade para o indivíduo se conectar com a ordem natural do universo.
O sentimento oceânico pode ser encaixado dentro das teorias de exercícios filosóficos para o bem viver como uma experiência que pode ser cultivada através da prática. Esse e outros exercícios espirituais podem nos ajudar a desenvolver uma consciência mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Eles podem nos ajudar a ver o mundo como uma unidade holística, e a nos sentirmos conectados com algo maior do que nós mesmos.
A importância prática do sentimento oceânico como exercício é que ele pode nos proporcionar uma sensação de paz, alegria e sentido de propósito. Ele pode nos ajudar a lidar com o estresse e a ansiedade, e a nos sentirmos mais conectados com os outros.
Aqui estão algumas maneiras de cultivar o sentimento oceânico através da prática de exercícios espirituais:
- Contemplação da natureza: Passar tempo na natureza pode nos ajudar a nos conectar com a beleza e a harmonia do mundo ao nosso redor.
- Meditação: A meditação pode nos ajudar a desenvolver uma consciência mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.
- Reflexão filosófica: A reflexão filosófica pode nos ajudar a desenvolver uma compreensão mais profunda do universo e de nosso lugar nele.
É importante notar que o sentimento oceânico não é uma experiência que pode ser forçada. Ele é uma experiência que surge naturalmente quando estamos abertos a ela. Os exercícios espirituais/filosóficos podem nos ajudar a nos preparar para essa experiência, mas eles não podem garantir que ela aconteça.
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Marcelo Martins Moreira